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O avanço de um período severo de secas e de uma degradação ambiental considerável levou o bioma da Caatinga a perder, nos últimos 35 anos, 40% de suas reservas de água de origem natural.
Esse bioma se localiza no Nordeste do país e no Norte do estado de Minas Gerais, em uma área de 844 mil km² – correspondentes a 10,1% de todo o território do Brasil.
Nessa área residem 27 milhões de brasileiros que ocupam 1.210 cidades, incluindo a capital do estado de Ceará, Fortaleza.
Conforme identificado no Mapeamento Anual de Cobertura e Uso da Terra na Caatinga do projeto MapBiomas, foram perdidos um total de 96 mil campos de futebol de área de superfície de água nesses 35 anos, correspondentes a 79 mil hectares.
A água nesse bioma atinge seu equilíbrio pela existência de bacias e açudes nos locais, os quais geram compensação da perda pela construção de reservatórios e hidrelétricas.
As reservas de água natural correspondem a 27,5% do total e as hidrelétricas e reservatórios 72,3%, restando 0,2% concentradas em atividades de mineração.
A perda de cobertura vegetal, apurada em um total de 15 milhões de hectares nos últimos 35 anos, causa o impacto na redução da capacidade hídrica. Isso acaba por comprometer os regimes de chuvas, tanto quanto o volume de águas em nascentes de rios.
Esse processo traz uma previsão bastante preocupante com o aumento de estiagens e redução de volume de água natural, incluindo do rio São Francisco.
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Categorias: Ambiente
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